22 de fevereiro de 2019

Não é um Sonho


Não,
Ela Sorriu, de verdade, olhou de verdade, falou de verdade
Num Sonho isso seria diferente
Seria sombrio, frio, e confuso
Nos sonhos, A vida é uma névoa

Sim,
O Limite é indefinido
A realidade, pode ser Sentida
Mas o Sonho, ah, esse pode ser vivenciado
Para além das fronteiras,
Muito depois do Horizonte
Fora dos muros da Lucidez

Ahh!
A vida Poderia ser um Sonho
Intenso, indefinido e Livre das Amarras
Mas a realidade nos prende
Nos limita àquilo que se vê
Nos Molda à imagem e semelhança
Daquilo que esperam que sejamos

Talvez,
A Vida seja uma névoa, nos sonhos
Mas Ela, Ela Sorriu de Verdade
Não no Sonho, mas na magia da alma
No refúgio secreto da Esperança
Para além dos Limites da sensatez
Entre a Realidade e a Fantasia

"Coisas Incompreensíveis, podem ser perfeitamente Aceitáveis..."

18 de fevereiro de 2019

Dos Mistérios o Maior...

Depois da Nuvem,
Além do Horizonte...
Há uma árvore, cujas folhas são gotas de orvalho,
E as flores são  flocos de neve…
Dos Mistérios que há
Além do horizonte
Pouco se ouve falar

Como chegar, se há um portal
Se depois de lá o Mundo desaba
Nunca alguém me disse o que há
Depois do Horizonte

Se a Vida continua
Se o Mal ainda flutua
Se a Nau desliza na água
Além do Mar o Horizonte assombra
A nuvem que há Nevoeiro se faz
E os sonhos que de antes
Traziam alento, assombram

Há uma ilha, além do Horizonte
Distante dos males de cá
Seguro abrigo, refúgio dos náufragos
Onde frondosas árvores flutuam no Céu
Animais e aves frutos da Magia
Da Luz se faz a Vida
A luz que Habita cada Ser
É a mesma que ilumina o Céu

Faremos na Praia,
Repleta de estrelas do Mar que brilham,
Uma cabana, com plumas dos Seres que voam
Aquecida com cristais de Luz Azul
Ao som da melodia vinda dos corais
Onde as Sereias Habitam
Sob o Céu, iluminado pela Lua
Ouviremos do Mago
As Histórias, a Magia

Ilha de Quios, Grécia

15 de fevereiro de 2019

A Ampulheta



É Preciso virar, deixar escorrer
Esperar, observar, ouvir
Sentir o esvaziar da Alma
O gotejar no vazio
O preenchimento do nada
Até a última partícula cair

Depois  recomeçar, cada detalhe
Certificar-se de que está lá
Que irá acontecer novamente o ciclo
E no momento exato virá
Sem pestanejar, nem questionar
Virá, cada coisa em seu lugar

O ciclo não se completa se parar
De outra forma se interrompe a Vida
Fluirá o Rio se seu leito subir?
É completo o arco se se romper?
A melodia não é, se silêncio houver.

Quebra!
E fluirá pelas fendas
Entulha!
E vazará pelo entorno
Rompe!
E escoará por entre os dedos
Tranca!
E a luz entrará pelas frestas

Até cair a última partícula
Do nada o preenchimento
No vazio o gotejar
O sentir da alma esvaziar
Ouvir, observar, esperar
Virar, escorrer, deixar preciso


14 de fevereiro de 2019

O Tempo



O Tempo, Ilusório Tempo
 Um descuido no Destino
 E o Tempo Pára ou Voa
 Do Pêndulo Goteja o Tempo
 No relógio Não Há Horizontes
 Não há Destinos…


O Sufoco


Se ‘O tempo não para’ paro Eu
Pra no Tempo devido
Enxergar os detalhes
Que o Tempo perdido
Me escapou ao Olhar
 
*
Entre o Hoje e o Amanhã
Não há Tempo para Viver
O passado, é uma Sombra apenas
Futuro não há, além de Ilusões
Em um fôlego se condensa uma Eternidade
 
*
Se parar o Tempo não é perdido
Rever o Futuro quantas vezes é preciso?
Não há Tempo que Pare, que Volte, que Passe
Pois a Vida é um Sopro
E Entre a Vida e a Morte não há Ar
É um Sufoco Apenas


A Pena

Levitando entre a leveza do Ar
E o peso da Gravidade
Prisão na Terra que pesa
Nos Pés, no Corpo, na Alma
Condenando a Algozes que Fustigam

Uma Pena, Sofrida na Alma
Subjugada na terra
Sentida nos ombros
Engolida aos soluços
No amargo dos Dias
Que evaporam num Calor Infernal

É Espiral que suga a Vida
Energia que Comprime o Desespero
Expande a Ansiedade
Que Explode do peito para dentro

Quando a Liberdade já não é
Prisão se faz Intensa
Nos pés peso da Gravidade
Voar não pode
Levitar é impossível
O Céu Distante Zomba

Da Pena Vivida, Sofrida, Sentida
Nos Ombros, nos pés, na Alma
Um Amargo, Na garganta um Nó
Uma Vida apenas
Uma Pena a Vida